
Já ouviu falar em Nietzsche? Não? Bem, ele foi um dos maiores filósofos ateus que já existiu. Não quero aqui tecer comentários da vida do tal porque não é esse meu objetivo no momento.
Os pais e avós de Nietzsche eram pastores. Estudou filosofia e teologia, tornando-se doutor. Após contrair uma doença (não se sabe qual realmente era), foi deixando os estudos de lado.
Pra ele, Deus estava morto. Os homens inventaram um deus ridículo e fictício. O alvo de seu ataque sempre era Deus. Seu ponto de partida é a não existência de Deus. O homem, portanto, é deixado por conta própria, visto que Deus já não existe, o homem deve cunhar seu próprio modo de vida.
Será que um homem desse naipe estará à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no Banquete Eterno, na Festa que não tem fim, nas Bodas Universais do Cordeiro? A princípio, nossa resposta mais clara seria: NÃO! CLARO QUE NÃO! A FINAL DE CONTAS ELE É UM ATEU!
Mas pense: Talvez ele estará pela mesma razão que eu e você também estaremos - Pela Graça, que não vem de nós, e que é dom de Deus, e que alcança até quem não a entendeu. Afinal, é Deus quem entende o homem. Não é o homem quem entende de Deus.
Não é “universalismo” aquilo no qual eu creio. No “universalismo” todos são “forçados” a salvação. E eu não creio nisto, pois creio que podem existir condições de consciência que podem ir escolhendo “mortes” até a morte; e, depois de prová-las todas, podem até mesmo escolher a total extinção da Segunda Morte.
Vale lembrar que não existe uma única advertência de Jesus acerca de se ver alguém no céu. Ele mesmo viu publicanos, meretrizes e pecadores de todos os tipos assentados à Mesa. No entanto, existe o mandamento fulminante para que se deseje aos outros todo o bem que queremos para nós, e que não julguemos a ninguém para não sermos julgados com o mesmo critério, e, ainda, no sentido de que não se ponha a alma de um irmão no inferno ou na inexistência (Raca); pois, sobre tal juízo e perversidade vem o julgamento do qual não se sai até que se pague o “ultimo centavo”.
Quanto a Nietzsche, o fantástico filósofo louco e anticristão, vejo nas suas lutas contra o cristianismo histórico, uma aflição devocional, presente apenas em quem adoraria encontrar com Jesus. Só isto! E Isaías diz que “no Caminho Santo há lugar até para o louco.”
Ora, se tal misericórdia me cobre, creia, cobre a Nietzsche também!
E se me cobre e cobre a Nietzsche, que não dizer de sua grandeza sobre os pobres e os seres desprezados da Terra, dos quais Jesus se diz irmão.
Portanto, repito: Deus quem entende o homem. Não é o homem quem entende de Deus.
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