quinta-feira, 10 de março de 2011

A GRAÇA QUE ME ENTENDE MAIS QUE NÃO CONSIGO ENTENDER


Já ouviu falar em Nietzsche? Não? Bem, ele foi um dos maiores filósofos ateus que já existiu. Não quero aqui tecer comentários da vida do tal porque não é esse meu objetivo no momento.

Os pais e avós de Nietzsche eram pastores. Estudou filosofia e teologia, tornando-se doutor. Após contrair uma doença (não se sabe qual realmente era), foi deixando os estudos de lado.

Pra ele, Deus estava morto. Os homens inventaram um deus ridículo e fictício. O alvo de seu ataque sempre era Deus. Seu ponto de partida é a não existência de Deus. O homem, portanto, é deixado por conta própria, visto que Deus já não existe, o homem deve cunhar seu próprio modo de vida.

Será que um homem desse naipe estará à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no Banquete Eterno, na Festa que não tem fim, nas Bodas Universais do Cordeiro? A princípio, nossa resposta mais clara seria: NÃO! CLARO QUE NÃO! A FINAL DE CONTAS ELE É UM ATEU!

Mas pense: Talvez ele estará pela mesma razão que eu e você também estaremos - Pela Graça, que não vem de nós, e que é dom de Deus, e que alcança até quem não a entendeu. Afinal, é Deus quem entende o homem. Não é o homem quem entende de Deus.

Não é “universalismo” aquilo no qual eu creio. No “universalismo” todos são “forçados” a salvação. E eu não creio nisto, pois creio que podem existir condições de consciência que podem ir escolhendo “mortes” até a morte; e, depois de prová-las todas, podem até mesmo escolher a total extinção da Segunda Morte.

Vale lembrar que não existe uma única advertência de Jesus acerca de se ver alguém no céu. Ele mesmo viu publicanos, meretrizes e pecadores de todos os tipos assentados à Mesa. No entanto, existe o mandamento fulminante para que se deseje aos outros todo o bem que queremos para nós, e que não julguemos a ninguém para não sermos julgados com o mesmo critério, e, ainda, no sentido de que não se ponha a alma de um irmão no inferno ou na inexistência (Raca); pois, sobre tal juízo e perversidade vem o julgamento do qual não se sai até que se pague o “ultimo centavo”.

Quanto a Nietzsche, o fantástico filósofo louco e anticristão, vejo nas suas lutas contra o cristianismo histórico, uma aflição devocional, presente apenas em quem adoraria encontrar com Jesus. Só isto! E Isaías diz que “no Caminho Santo há lugar até para o louco.”

Ora, se tal misericórdia me cobre, creia, cobre a Nietzsche também!

E se me cobre e cobre a Nietzsche, que não dizer de sua grandeza sobre os pobres e os seres desprezados da Terra, dos quais Jesus se diz irmão.

Portanto, repito: Deus quem entende o homem. Não é o homem quem entende de Deus.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário